Hoje em dia a complexidade no Brasil ainda é grande, principalmente na parte referente a legalização e documentos obrigatórios para essa operação. Desde o início de uma transferência para pagamento do Brasil para um fornecedor da China, até a parte de liberação das mercadorias.
Digamos que o comerciante queria importar atualmente 2 mil pares de meia para revenda, o primeiro passo é abrir uma empresa no Brasil e para abrir uma empresa nesse país em específico, é muito complicado. Fora o processo, que é considerado muito demorado pelo fato de precisar de muita documentação.
É algo muito diferente em comparação a outros países como por exemplo Hong Kong, na China, Estados Unidos ou Inglaterra.
Nesses lugares, se fazer solicitação para abertura da sua empresa, leva somente 7 dias para estar pronta. Já no Brasil, demora aproximadamente 1 mês para todo o processo talvez ficar pronto.
Esta dificuldade pode ser proposital, para evitar que muitas pessoas tenham perseverança e concluam seu projeto de importação.
Empresários que tenham seu comércio registrado no exterior, consegue fazer o procedimento de importação sem problema algum. Mas no caso de uma empresa registrada no Brasil, o comerciante tem que ter o documento chamada radar.
Mas o que seria o radar? O radar é um documento criado no Brasil com o objetivo de aplica-lo à receita federal para ter o direito de comprar produtos importados. Este sistema é dividido em 3 modalidades:
- Simples
- Médio
- Completo
Recapitulando: Você tem que registrar sua empresa providenciar, ou melhor, habilitar o seu radar para ter o direito garantido de importação. Mas, à partir daí, o vendedor já pode fazer uma compra com o fornecedor chinês?
Ainda não. É preciso primeiramente abrir uma conta no banco com CNPJ, ou seja, como empresa pois é nela que você vai transferir dinheiro para o fornecedor estrangeiro e diga-se de passagem, que isso é uma operação complexa aqui no Brasil
Em outros países a transferência é feita simplesmente on-line enquanto que no Brasil, possivelmente vai precisar de trabalho terceirizado de contador, despachante aduaneiro, empresa de importação, tornando seu sonho de comprar produtos importados, um verdadeiro pesadelo sem retorno satisfatório.
E mesmo depois de suar a camisa, fazendo todo o processo certinho, o empresário ainda tem que contratar um agente de carga para trabalhar em toda uma logística para levar sua mercadoria do contêiner até o local desejado.
E chegando no porto, vai precisar do despachante aduaneiro, ou seja, o importador brasileiro não tem folga ou alívio em nenhuma operação que compõe todo o processo de importação fora outras despesas não comentadas aqui.
O Brasil certamente não está preparado para a importação ser disponível para todo e qualquer empresário ou vendedor. Saiba que para importar é preciso de muito estudo dessa possibilidade, pesquisa de mercado e outras questões a serem consideradas.
A maioria dos países estrangeiros, usam um código padrão para importar produtos, o NCM, que será utilizado para receita cobrar os impostos referente aquele produto. Já no Brasil, existe uma nomenclatura do Mercosul, que seria o NCM.
Você tem que entrar no site da receita federal brasileira para obter informações.
Sabendo quais taxas e impostos a pagar, quando acessa o site da receita para visualizar esses dados, o site trava, fazendo você levar até 3 horas aproximadamente, para providenciar tudo. Com tanta complexidade, alguns empresários sobrevivem e fazem suas importações do início ao fim.